12/06/2025
Stcp Propõe Metrobus Na Rotunda Da Boavista Pois Inversão De Marcha É &Quot;Inviável&Quot;
Operação do Metrobus e Desafios de Trânsito na Avenida da Boavista
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), futura responsável pela operação do metrobus, considera inviável realizar manobras de inversão de marcha na contramão no topo da Avenida da Boavista. A entidade propõe que o veículo contorne a rotunda, como forma de evitar impactos negativos no serviço e no trânsito local.
Em uma carta dirigida ao presidente da Câmara do Porto, à qual a Lusa teve acesso, a STCP conclui que não é viável implementar a inversão de marcha do metrobus no referido local, sugerindo a rotunda da Boavista como o ponto técnico e justificável para a inversão da nova linha, após os testes realizados pela Metro do Porto.
Durante os ensaios, foi constatado que o veículo precisou invadir várias vias adjacentes à sua faixa dedicada, resultando na interrupção completa do fluxo de tráfego. Tal situação representa uma limitação, pois a via atual não comporta a inversão de um autocarro articulado de 18 metros sem interferir na circulação transversal de veículos.
A STCP alerta que, apesar de a manobra ser geometricamente viável em ambiente controlado, na prática, a operação se tornaria complexa e suscetível a erros de coordenação e constrangimentos. A realização da manobra, sem o apoio policial, impactaria negativamente a circulação e a fluidez pretendida para o novo serviço.
A alternativa de utilizar a rotunda permite que os autocarros realizem a inversão de sentido de modo natural e contínuo, minimizando a interferência com o tráfego restante. A análise técnica realizada nos testes de 5 de junho fundamenta a proposta ao presidente da autarquia para que a inversão se faça contornando a rotunda, assegurando a fiabilidade e eficiência do metrobus.
Além disso, a STCP ressalta que a solução minimiza impactos na circulação urbana sem exigir mais motoristas, respeitando critérios objetivos de planejamento e operação de transporte público rodoviário. O sistema, concebido para oferecer um serviço de alta capacidade e regularidade, prevê veículos a cada 4 a 6 minutos durante as horas de ponta.
Uma inversão no topo da avenida necessitaria de ciclos semafóricos prolongados, causando atrasos e incompatibilidade com o cronograma previsto. A operação regular ver-se-ia ainda mais comprometida, reduzindo a capacidade de escoamento das vias adjacentes e potencialmente gerando longas filas e tempos de espera elevados para os usuários.